quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Vida Anestesiada.
A vida é tão complexa que é comum se anestesiar, quantas tristezas uma alma pode aguentar e se manter sóbria? Há vários paliativos e vários distanciamentos que permitem aos comuns manterem a sanidade.
Talvez as pessoas fora do comum não o consigam fazer e talvez por isso os gênios tenham mortes tristes e solitárias. Nas artes é comum ver os grandes, absortos em doses cavalares de álcool, drogas e sexo. Pode ser que seu grande dom, o dom de enxergar o que os normais nem passam perto, seja também sua pior maldição.
A realidade e a consciência parecem por si só trazer altas doses de tristeza, sentir é um pouco se punir e encontrar é um pouco se perder também. Então como enxergar sem sofrer? Imagino, essa como uma escolha difícil e infelizmente para alguns nem escolha é.
A vida é inexorável, intragável e contingencial, coisas que os humanos por ganharam de presente e a inteligência tem sérias dificuldades de aceitar, por isso buscam manter o controle imediato da vida, com planos, com a própria religião e outros ditames que podem conter um certo gabarito para a vida. Outros nem percebem as três grandes qualidades destruidoras que a vida possui ( inexorável, intragável e contingencial) por estarem sempre anestesiados pelo hedonismo constante, esses vivem a vida pequena dia, do final de semana.

Poder ser que os iludidos é que realmente sejam os sábios e agraciados pelo universo e também quem sabe seja essa a razão que cada vez menos as pessoas busquem refletir, enxergar e, por conseguinte se dar conta das inúmeras variáveis fora do seu controle, pode não ser apenas preguiça intelectual pode ser autodefesa mesmo.
Por Rodrigo Teófilo

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Na impossibilidade de fazer o trabalho em grupo, decidi contar minha própria experiência com as redes sociais. Mesmo sendo jovem vi o facebook nascer, o whatsapp e a algum tempo atrás era visto por mim apenas como um meio de distração que não me atraia de forma alguma.
Como parece ser uma regra geral nas redes sociais, integre-se ou pereça, comigo não foi diferente. E como parece ser também, com relação as redes sociais foi envolvimento instantâneo acabei virtualizando me também de certa forma.
No âmbito profissional, uma vez que quando comecei a trabalhar já estava inserido nas redes então minhas perspectivas já não eram tão escatológicas e considero-me apto a usar do “brave new world” tranquilamente e acredito que as redes são fundamentais como suporte ao trabalho pedagógico. A única ressalva que faço é com relação ao cuidado e o fino trato que as redes devem receber, primeiro ponto é evitar distrações e tentar manter uma linha, uma estrutura. E sempre necessário trazer os alunos para a realidade e para o objetivo proposto uma vez que a rede é altamente distrativa.

Atualmente uso bastante as redes, em especial o facebook um mantenho um grupo, onde faço upload de texto e imagens, elaboro fóruns de discussões. Adoro publicar memes engraçados com conteúdo que possa ser utilizado para debate.

por Rodrigo Teófilo

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Porque somos professores.

Alguns alunos nos perguntam porque somos professores. A resposta que vem a mente é aquela, você já sonhou em ser super-herói quando criança? Super-homem, homem de ferro e todos outros da Marvel ou da capcom com super poderes. No dicionário das várias definições as que eu acho que mais se encaixam são:
Homem elevado a semideus após a morte, por seus serviços relevantes à humanidade. 3 Homem que se distingue por coragem extraordinária na guerra ou diante de outro qualquer perigo. 4 Homem que suporta exemplarmente um destino incomum, como, p ex, um extremo infortúnio ou sofrimento, ou que arrisca sua vida abnegadamente pelo seu dever ou pelo próximo. 
Então ser professor é um ato de heroísmo, quase quixotiano devido ao estado de valência em que caminha a educação brasileira. Sem dúvida vivemos uma guerra diária em busca de um objetivo único proporcionar aos nossos alunos a real liberdade e a possibilidade de galgar um futuro melhor. Por mais que deles reclamamos e constantemente com eles nos irritamos, os defendemos todas as nossas forças.
Como nos filmes em que o herói sempre apanha muito antes de vencer a luta, nós passamos a vida esperando a hora do jogo virar. E quando ele vira o deleite da vitória é especial, quando aquele aluno (no Houaiss lat. Alumnus, i "criança de peito, lactente, menino, aluno, discípulo", der. do verbo alére "fazer aumentar, crescer, desenvolver, nutrir, alimentar, criar, sustentar, produzir, fortalecer etc.") te surpreende por te parecer cronicamente opaco e desinteressado mostra um conhecimento muito maior que o seu próprio. Ou aqueles bilhetinhos dizendo “adoramos você” presentes e lembranças ou aqueles olhares doídos de “não desista de mim”.
Não sei como os da Marvel se sentem quando salvam o mundo, mas nos professores nos sentimos muito bem!

Por Rodrigo Teófilo

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Admirável mundo novo.

As novas tecnologias de comunicação e informação alteram intensamente as formas de jovens e crianças se comunicarem e proporcionaram um novo prisma na relação humana e social. É comum os jovens e crianças se “virtualizarem” e assumirem um postura de interdependência, principalmente com relação as redes sociais. A citar de exemplo um caso muito curioso que observei, uma jovem diz a outra – De namoro sério temos dois meses foi quando alteramos o status de relacionamento no facebook. Ou seja, sem a legitimidade do facebook o relacionamento não existiria de fato. Sem falar nas outras formas de socialização em que os jovens vêem as redes como se fossem pessoas vivas chegando a cumprimentar o facebook.
Para as gerações anteriores o impacto é considerado extremamente negativo, pois há uma dificuldade em impor limites de usos e mais ainda dos conteúdos que são acessados. Quem não pertence a essa geração percebe os jovens que estão inseridos nas novas tecnologias como incapazes de estabelecer uma comunicação mais direta e de filtrar de forma positiva a gama de informações que a rede proporciona.
No ambiente escolar por sua vez há uma linha muito tênue entre os benefícios e os malefícios desse admirável mundo novo. Os smartphones estão cada vez mais sendo expurgados das salas de aula, o motivo é muito simples o uso deles além de dispersar a atenção dos alunos é um prato cheio para o cyberbulling. Porém dependendo da proposta do professor tanto as mídias sociais, como jogos, e ferramentas de busca podem ser uma boa alternativa pedagógica e espaço de fomento do conhecimento, pode ser usado de exemplo o jogo de RPG call of war que simula as estratégias de guerra da segunda guerra mundial. O facebook e whatsapp podem ser usados como fóruns e para lembretes de provas e atividades.

Na impossibilidade de termos o mundo da forma que desejamos, devemos nos adaptar ao que temos e as constantes modificações pelas quais ele passa. Não devemos assumir uma postura de fobia a sociedade digital, devemos sim buscar entendimento e inserção. Afinal se o copo está meio cheio ou meio vazio depende do observador.   

terça-feira, 18 de agosto de 2015

HIPERMETROPIA, SADISMO E OUTRAS DOENÇAS EMOCIONAIS.

HIPERMETROPIA, SADISMO E OUTRAS DOENÇAS EMOCIONAIS.
  • A tempos que não escrevo, nada mais tem me tocado a ponto de dedicar algumas linhas para isso mais em uma conversa informal e digital pelo whatsapp eis que surge um pequena pílula para a reflexão “É da natureza humana uma certa imbecilidade emocional”. Sempre tive dúvidas a respeito da possibilidade de uma inteligência emocional (Golleman) sempre me vi e todos ao meu redor sem sendo escravizado por uma irracionalidade pulsional gritante, sem sombra de dúvida todas as experiências que vivi e a maioria comprovei empiricamente nada tiveram a ver com amor.
    Sempre observo um intenso cabo de guerra em busca do controle da relação ou do objeto desejado, não costumo ver relações equilibradas. Penso que isso seja por que o amor nunca venha a priori do coração e sim dos órgãos genitais, evidentemente (há quem discorde) toda relação amorosa parte da atração sexual e é claro não há nenhum problema nisso, porém o problema é que o sexo e as pulsões relacionadas a ele forma a mais primitiva forma de (não)razão humana e quando não há um mecanismo dosador que seria a racionalidade na forma de sentimentos complementares como por exemplo afeto, respeito, cumplicidade dentre tantos outros a relação fica acidentada.
    Há também um tipo peculiar de imbecilidade emocional o instinto orgânico pelo inatingível, essa forma se relaciona com a possibilidade de amar o real e tangível, busca externamente algo que falta dentro de si, e o outro é sempre uma ideia e uma meta. Esse tipo de falência emocional causa uma intensa hipermetropia porque as vezes o par perfeito esta de baixo dos nossos narizes.
Por: Rodrigo Teófilo