quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Porque somos professores.

Alguns alunos nos perguntam porque somos professores. A resposta que vem a mente é aquela, você já sonhou em ser super-herói quando criança? Super-homem, homem de ferro e todos outros da Marvel ou da capcom com super poderes. No dicionário das várias definições as que eu acho que mais se encaixam são:
Homem elevado a semideus após a morte, por seus serviços relevantes à humanidade. 3 Homem que se distingue por coragem extraordinária na guerra ou diante de outro qualquer perigo. 4 Homem que suporta exemplarmente um destino incomum, como, p ex, um extremo infortúnio ou sofrimento, ou que arrisca sua vida abnegadamente pelo seu dever ou pelo próximo. 
Então ser professor é um ato de heroísmo, quase quixotiano devido ao estado de valência em que caminha a educação brasileira. Sem dúvida vivemos uma guerra diária em busca de um objetivo único proporcionar aos nossos alunos a real liberdade e a possibilidade de galgar um futuro melhor. Por mais que deles reclamamos e constantemente com eles nos irritamos, os defendemos todas as nossas forças.
Como nos filmes em que o herói sempre apanha muito antes de vencer a luta, nós passamos a vida esperando a hora do jogo virar. E quando ele vira o deleite da vitória é especial, quando aquele aluno (no Houaiss lat. Alumnus, i "criança de peito, lactente, menino, aluno, discípulo", der. do verbo alére "fazer aumentar, crescer, desenvolver, nutrir, alimentar, criar, sustentar, produzir, fortalecer etc.") te surpreende por te parecer cronicamente opaco e desinteressado mostra um conhecimento muito maior que o seu próprio. Ou aqueles bilhetinhos dizendo “adoramos você” presentes e lembranças ou aqueles olhares doídos de “não desista de mim”.
Não sei como os da Marvel se sentem quando salvam o mundo, mas nos professores nos sentimos muito bem!

Por Rodrigo Teófilo

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Admirável mundo novo.

As novas tecnologias de comunicação e informação alteram intensamente as formas de jovens e crianças se comunicarem e proporcionaram um novo prisma na relação humana e social. É comum os jovens e crianças se “virtualizarem” e assumirem um postura de interdependência, principalmente com relação as redes sociais. A citar de exemplo um caso muito curioso que observei, uma jovem diz a outra – De namoro sério temos dois meses foi quando alteramos o status de relacionamento no facebook. Ou seja, sem a legitimidade do facebook o relacionamento não existiria de fato. Sem falar nas outras formas de socialização em que os jovens vêem as redes como se fossem pessoas vivas chegando a cumprimentar o facebook.
Para as gerações anteriores o impacto é considerado extremamente negativo, pois há uma dificuldade em impor limites de usos e mais ainda dos conteúdos que são acessados. Quem não pertence a essa geração percebe os jovens que estão inseridos nas novas tecnologias como incapazes de estabelecer uma comunicação mais direta e de filtrar de forma positiva a gama de informações que a rede proporciona.
No ambiente escolar por sua vez há uma linha muito tênue entre os benefícios e os malefícios desse admirável mundo novo. Os smartphones estão cada vez mais sendo expurgados das salas de aula, o motivo é muito simples o uso deles além de dispersar a atenção dos alunos é um prato cheio para o cyberbulling. Porém dependendo da proposta do professor tanto as mídias sociais, como jogos, e ferramentas de busca podem ser uma boa alternativa pedagógica e espaço de fomento do conhecimento, pode ser usado de exemplo o jogo de RPG call of war que simula as estratégias de guerra da segunda guerra mundial. O facebook e whatsapp podem ser usados como fóruns e para lembretes de provas e atividades.

Na impossibilidade de termos o mundo da forma que desejamos, devemos nos adaptar ao que temos e as constantes modificações pelas quais ele passa. Não devemos assumir uma postura de fobia a sociedade digital, devemos sim buscar entendimento e inserção. Afinal se o copo está meio cheio ou meio vazio depende do observador.