segunda-feira, 16 de maio de 2016

Fomos roubados!
Rodrigo Teófilo Lustosa
A adolescência a marca da imortalidade nos deixa rapidamente. O tempo que pensamos que somos imortais é breve como uma brisa de verão, nos deixa atônitos e saudosistas.
O adolescer é a época que achamos que todo instante é para sempre e que nunca morreremos afinal nunca pensamos a longo prazo, o próprio tempo em si é algo incompreensível. A própria vida parece ser eterna nunca pensamos nos riscos de nada, tudo que queríamos era só intensidade.
Essa busca que tínhamos, não nos desgrudávamos, não parávamos, o tédio era a morte a cada dia, ideia inconcebível e quando vinha a dor das paixonites o eterno remédio era rock bem alto e o bom bullyng mútuo com os amigos.
Éramos maltrapilhos e sem futuro. Nada de anormal já que quem pensa de verdade em futuro na adolescência? Futuro, carreira, plano maior e tudo coisa chata. Queríamos apenas rir até a barriga doer, queríamos apenas ouvir rock, andar de skate e brincar de verdade ou desafio. Queríamos o proibido e o arriscado e adorávamos contar vantagem.
O difícil é ver as cores quando a adolescência passa, ao nosso ver as músicas pioraram, os livros viraram clichê e os filmes sem roteiro. As pessoas desinteressantes a solidão atraente. Roubaram nossa energia! Agora trabalhamos até o esgotamento e tudo o que pensamos é em descansar.
Roubaram nossos sonhos! Não o sonho longo de carreira e monetário, mais o sonho de ser eternamente feliz.
Roubaram nossa ingenuidade! Nos deram verdades amargas.
Roubaram nossa insensatez! Agora temos que ser polidos, graves e sensatos.
Roubaram nossa imortalidade! Agora vivemos com medo de morrer, plano de saúde, seguro de vida, dieta saudável, pensamento constante na APOSENTADORIA.
Que nos deixem pelo menos a esperança e as amizades construídas, que nós vítimas, do mesmo furto nunca nos deixemos ficar só e quem sabe, possamos rejuvenescer.