Fomos
roubados!
Rodrigo Teófilo
Lustosa
A adolescência a marca da
imortalidade nos deixa rapidamente. O tempo que pensamos que somos imortais é
breve como uma brisa de verão, nos deixa atônitos e saudosistas.
O adolescer é a época que
achamos que todo instante é para sempre e que nunca morreremos afinal nunca
pensamos a longo prazo, o próprio tempo em si é algo incompreensível. A própria
vida parece ser eterna nunca pensamos nos riscos de nada, tudo que queríamos era
só intensidade.
Essa busca que tínhamos,
não nos desgrudávamos, não parávamos, o tédio era a morte a cada dia, ideia inconcebível
e quando vinha a dor das paixonites o eterno remédio era rock bem alto e o bom
bullyng mútuo com os amigos.
Éramos maltrapilhos e sem
futuro. Nada de anormal já que quem pensa de verdade em futuro na adolescência?
Futuro, carreira, plano maior e tudo coisa chata. Queríamos apenas rir até a
barriga doer, queríamos apenas ouvir rock, andar de skate e brincar de verdade
ou desafio. Queríamos o proibido e o arriscado e adorávamos contar vantagem.
O difícil é ver as cores
quando a adolescência passa, ao nosso ver as músicas pioraram, os livros
viraram clichê e os filmes sem roteiro. As pessoas desinteressantes a solidão
atraente. Roubaram nossa energia! Agora trabalhamos até o esgotamento e tudo o
que pensamos é em descansar.
Roubaram nossos sonhos! Não
o sonho longo de carreira e monetário, mais o sonho de ser eternamente feliz.
Roubaram nossa
ingenuidade! Nos deram verdades amargas.
Roubaram nossa insensatez!
Agora temos que ser polidos, graves e sensatos.
Roubaram nossa imortalidade!
Agora vivemos com medo de morrer, plano de saúde, seguro de vida, dieta saudável,
pensamento constante na APOSENTADORIA.
Que nos deixem pelo
menos a esperança e as amizades construídas, que nós vítimas, do mesmo furto
nunca nos deixemos ficar só e quem sabe, possamos rejuvenescer.